segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Angel of Music.

Quem me conhece sabe o quanto a banda Nightwish significa para mim. O som toca na alma, as letras traduzem muitos dos meus sentimentos, desde a primeira ouvida houve uma identificação.

Acima de tudo isso, porém, sempre admirei a ex-vocalista, Tarja Turunen. Não só a voz perfeita, como as atitudes, a postura, a presença de palco, o bom humor, a simpatia. Enfim.

A primeira vez que a vi ao vivo foi frustrante. Apesar de ter passado oito horas na fila da casa de shows, acabei assistindo tudo pelo telão. A voz continuava bombástica, mas não consegui vê-la de perto uma única vez sequer.

Por isso, sabia que não podia perder a oportunidade de vê-la novamente. E isso aconteceu ontem, em seu primeiro show no Brasil em carreira solo. Apesar de não ter chegado cedo, consegui um lugar privilegiado, na grade, como se diz, de cara para o gol.

E posso dizer que, em minha humilde opinião, foi o melhor show da minha vida, superando, inclusive, o do próprio Nightwish. Ela estava muito mais simpática, solícita e falante na noite de ontem. Falou em português com a platéia durante boa parte do show, tocou piano, interagiu com o público... enfim, parecia uma pessoa completamente diferente daquela Tarja que esteve aqui quatro anos atrás, e que praticamente só abriu a boca no palco para cantar.

Não há como descrever com palavras a sensação de ver seu ídolo tão de perto. Eu poderia tentar escrever uma resenha do show, mas isso vai ter que esperar. Por enquanto, a euforia ainda é grande para permitir uma análise racional. No momento, não consigo nem avaliar se a qualidade do som estava boa, se ela desafinou, se os músicos da banda são bons, nem nada. A única coisa que posso dizer é que estou em êxtase. Logo quando ela começou a cantar a emoção tomou conta de tal forma que eu só conseguia berrar toda a letra da música, como se ela pudesse me ouvir. Acordei sem voz esta manhã, mas valeu a pena.

Seria tietagem eu dizer que ela me deu tchauzinho e fez o sinal típico do heavy metal \,,/ para mim, e que fiquei tão perto do palco que meu amigo chegou a tocar a mão dela. Mas, fanatismos à parte, é inenarrável a emoção que senti naquele momento. Era eu, a música, e mais nada. A realização de um sonho. Um motivo para eu pensar que, apesar do gosto amargo que este agosto deixou, sempre existe uma luz no fim do túnel.
"For my dreams I hold my life, for wishes I behold my nights."

No fim das contas, acabou sendo um ótimo desfecho para um mês que trouxe tantas intempéries. Agora, que venha o Nightwish, em novembro. :)

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